domingo, 17 de abril de 2011

Como a radiação pode ameaçar a saúde?

edição 107 - Abril 2011

À medida que aumentam as preocupações quanto aos vazamentos de radiação em Fukushima, é possível saber quais serão as sequelas desse desastre?


iStockphoto/thad

















Por Nina Bai

A crise na usina nuclear Daiichi despertou preocupações sobre os efeitos para a saúde da exposição à radiação. O que é um nível “perigoso” de radiação? Como a radiação prejudica a saúde? Quais são as consequências de radiação aguda e em baixa dosagem?

“Não estamos nem perto dos níveis que as pessoas deveriam se preocupar”, esclarece Susan M. Langhorst, física e encarregada de segurança de radiação na Washington University, em Saint Louis.



De acordo com Abel Gonzalez, vice-presidente da Comissão Internacional de Proteção Radiológica que estudou o desastre de 1986 em Chernobyl, na melhor das hipóteses as informações atuais vindas do Japão sobre níves de vazamento de radiação são incompletas.


 
Níveis de radiação:

Em média, as pessoas são expostas a um nível de 2 a 3 millisieverts de radiação por ano, proveniente de uma combinação de radiação cósmica, emissões de materiais de construção e substâncias radiativas naturais no ambiente.

A Comissão Regulatória Nuclear dos Estados Unidos recomenda que o público em geral limite sua exposição a menos de 1 millisievert adicional por ano. Para pacientes submetidos à radiação médica não há limite rígido de exposição – é responsabilidade de profissionais médicos pesar riscos e benefícios da radiação usada em diagnósticos e tratamentos. Por exemplo, uma única sessão de tomografia computadorizada pode expor o paciente a mais de 1 millisievert.

A doença da radiação (ou síndrome aguda de radiação) manifesta-se depois de uma dose de 3 sieverts – 3 mil vezes a dose recomendada para o público em geral por ano. Os primeiros sintomas são: náuseas, vômitos e diarréia. Esses sintomas começam a aparecer num prazo de minutos ou dias, informam os Centros para Controle de Doenças dos Estados Unidos. Um período de enfermidade séria, que inclui perda de apetite, fadiga, febre, problemas gastrintestinais e, possivelmente, convulsões ou coma, pode vir em seguida e durar de horas a meses.



Tipos de radiação:

O que é preocupante na situação atual é a radiação por ionização, produzida por isótopos pesados em decaimento espontâneo, tais como iodo 131 e césio 137. Esse tipo de radiação tem energia suficiente para ionizar átomos (criando carga positiva ao suprimir elétrons), o que lhes dá o potencial químico para reagir de forma deletéria com átomos e moléculas de tecidos vivos.

A radiação por ionização pode ter diferentes formas: nas radiações por raios gama e raios-X, átomos liberam partículas energéticas leves com potência suficiente para penetrar o corpo. As radiações por partículas alfa e beta têm energia mais baixa e podem ser bloqueadas por uma simples folha de papel. Se o material radiativo entra no corpo por ingestão ou inalação, no entanto, são precisamente as radiações alfa e beta com energia mais baixa que tornam-se mais perigosas. Isso porque uma grande porção de radiação por raios gama e X vai passar diretamente através do corpo sem interagir com o tecido, já radiações alfa e beta, incapazes de penetrar tecido, gastarão toda sua energia ao colidir com átomos do corpo e provavelmente causarão maior estrago. 
 

O Universo- Além do Big Bang- Parte 1

quarta-feira, 13 de abril de 2011

O Sistema Solar

 


FotoSS
Nosso sistema solar está composto pela nossa estrela, o Sol, pelos oito planetas com suas luas e anéis, pelos planetas anões, asteróides e pelos cometas. Os cinco planetas mais brilhantes, que são visíveis a olho nu, já eram conhecidos desde a antiguidade. A palavra planeta em grego quer dizer astro errante. Depois da invenção do telescópio, outros 2 planetas do Sistema Solar foram descobertos: Urano em 1781 por William Herschel (1738-1822), Netuno em 1846 por previsão de Urbain Jean Joseph Le Verrier (1811-1877) e John Couch Adams (1819-1892).
Plutão foi descoberto em 1930 por Clyde William Tombaugh (1906-1997), e classificado até agosto de 2006 como o nono planeta do sistema solar. Desde então a União Astronômica Internacional reclassificou Plutão como "planeta anão", constituindo uma nova categoria de corpos do sistema solar, na qual também foram encaixados Ceres, o maior objeto do cinturão de asteróides entre as órbitas de Marte e Júpiter, e Éris (2003UB313) o maior asteróide do cinturão de Kuiper. Os nomes dos planetas são associados a deuses romanos: Júpiter, deus dos deuses; Marte, deus da guerra; Mercúrio, mensageiro dos deuses; Vênus, deusa do amor e da beleza; Saturno, pai de Júpiter, deus da agricultura; Urano, deus do céu e das estrelas, Netuno, deus do Mar e Plutão, deus do inferno.
Uma frase mnemônica para lembrar a ordem é:
Meu
E
R
C
Ú
R
I
O
Velho
Ê
N
U
S
Tio
E
R
R
A
Me
A
R
T
E
Jurou
U
P
I
T
E
R
Ser
A
T
U
R
N
O
Um
R
A
N
O
Netuniano
E
T
U
N
O

Retirado de: http://astro.if.ufrgs.br/planetas/planetas.htm

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Aniversário de 50 anos do histórico voo de Yuri Gagarin




Em 12 de abril de 1961, aos 27 anos de idade, Yuri Gagarin tornou-se o primeiro ser humano a ir ao espaço, a bordo da nave Vostok 1, na qual deu uma volta completa em órbita ao redor do planeta e proferiu a famosa frase “A Terra é azul”.



Fontes: http://pt.wikipedia.org/wiki/Iuri_Gagarin   , http://www.nasa.gov/home/






sábado, 9 de abril de 2011

Asteróide, um perigo vindo do espaço!!!

Asteróide com 400 metros de diâmetro passará muito perto da Terra em novembro

O Globo

Marque na sua agenda: em novembro, um dos maiores e potencialmente perigosos asteroides - em termos de uma futura colisão com a Terra - vai sobrevoar o planeta. O 2005 YU55 tem 400 metros de diâmetro e vai se aproximar do planeta a 0,85 distâncias lunares (medida da distância da Terra à lua, comumente calculada em 384.403 km). De acordo com o site "Space.com", dado o tamanho e a pequena distância que atingirá, uma grande estrutura de observação por radar, infravermelha e a olho nu está sendo planejada.
- A proximidade do 2005 YU55, esperada para o dia 8 de novembro, é incomum por passar perto demais e por ser grande. Em média, não há objetos deste tamanho passando tão perto, apenas a cada 30 anos - disse Don Yeomans Nasa.
O asteroide foi descoberto por pesquisadores da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, em dezembro de 2005.
Yeomans disse que, com as novas capacidades de radar de parte da Rede de Espaço da Nasa na Califórnia é possível obter imagens em maior resolução do objeto do que as feitas por espaçonaves em missões de sobrevoo recentes.
- Quando combinadas a observações feitas da Terra e infravermelhas, os dados do radar deveriam proporcionar uma imagem bastante completa de um dos maiores asteroides potencialmente perigosos - ele explicou.
Inicialmente, o objeto estará bem perto do sol e muito escondido para observação ótica. Mas com o passar das horas do dia 8 de novembro, será possível vê-lo com pequenos telescópios. Logo cedo, no dia 9 de novembro, o asteróide atingirá magnitude 11 por várias horas antes de desaparecer, já que sua distância aumenta rapidamente.

E por falar em falha!!!!!

Imagens: Máquina de Quadrinhos /Maurício de Sousa Produções


História de Dulcidio Braz Jr


E aí? Entendeu a historinha? Percebeu onde está furo "astLonômico"? Bem humorado
Deixe os seus comentários!


Retirado do Site: http://fisicamoderna.blog.uol.com.br/

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Astronomia antiga: onde a ciência e a arte se misturam

Retirado de: http://www.on.br/revista_ed_anterior/outubro_2005/conteudo/astro_arte/astro_arte.html


Ao verem as fantásticas imagens mostradas ou pelos telescópios espaciais ou pelos telescópios de grande porte que dispomos hoje para as pesquisas muitas pessoas são levadas a imaginar que os astrônomos passam sua vida profissional literalmente olhando para o espaço com esses equipamentos, e apreciando as inúmeras belezas cósmicas existentes. Que engano! A maior parte do trabalho de um astrônomo é gasto com redução de dados, longos cálculos que envolvem seus conhecimentos de física e discussões com seus pares a procura de interpretações para os seus resultados. Quer uma prova disso? Vá a uma biblioteca e examine um livro de astronomia profissional escrito nos dias de hoje. Suas páginas estarão repletas de equações, listas de dados, cálculos, etc. Até mesmo as imagens astrônomicas são em preto e branco, muitas vezes riscadas por linhas que ajudam na análise de certos parâmetros físicos. Nada ali é capaz de chamar a atenção daqueles que procuram a beleza que vemos nas imagens constantemente divulgadas dos objetos astronômicos. No entanto toda a grandeza do universo está ali, incluida naquelas páginas áridas e sem graça de contas e tabelas. É dessa maneira que ela se revela para nós, profissionais de astronomia.

Mas a astronomia profissional nem sempre foi assim. Sabemos que a nossa ciência preferida tem uma longa história e, quando a examinamos, somos surpreendidos com a beleza embutida no seu passado. É olhando para trás que vemos como a arte e a astronomia sempre caminharam juntas, lado a lado.

Olhando para os primeiros registros de estudos astronômicos que temos notícia nos deparamos com obras belíssimas que se impõem até hoje tanto pela competência de seus autores como pela arte existente nelas. A visão de textos e ilustrações encrustados em rochas e placas de barro, onde os povos mais antigos tentavam registrar seu conhecimento do universo, nos revela de que modo eles compensavam seu pouco saber com sua riquíssima imaginação. Esse casamento artístico entre ciência e arte atingiu seu máximo no século XVIII, quando surgiram belíssimos mapas celestes, verdadeiras obras de arte.

Um outro fato notável é que até o século XX não havia produção industrial de equipamentos científicos. Cada astrônomo devia construir seu próprio equipamento, mantendo suas técnicas em segredo, mas eventualmente cedendo alguns deles para uso por outros cientistas. Alguns astrônomos como, por exemplo, Tycho Brahe destacaram-se na construção de sofisticados, precisos, e belíssimos equipamentos astronômicos.

Abaixo temos uma pequena amostra de como a arte e a ciência se juntaram ao longo dos tempos e deixaram sua marca. Nem de longe nossa relação é justa. Muitos outros exemplos poderiam ser anexados a esse texto completando-o e revelando uma parte da beleza da ciência que não está nas equações que a descrevem nem nas imagens colhidas pelos grandes telescópios. Essa beleza é mostrada nos textos e equipamentos antigos que serviram para consolidar o nosso conhecimento sobre o Universo.



Pré-história

quarta-feira, 6 de abril de 2011

A extrema falta de professores nas áreas exatas em todo o Brasil!!!!!

Muitos alunos da rede pública não têm nota de matemática nem de física porque não tiveram aula dessas disciplinas.



Tiago dos Santos, de 15 anos, teve que fazer um trabalho de física, no primeiro ano do ensino médio de uma escola estadual em São Paulo. Como, em 2010, não teve nenhuma aula da matéria, apelou para internet.




“Eu não tenho a mínima idéia do que seja física”, diz o estudante.



Laine Lima, 14 anos, no Tocantins, enfrenta problema parecido.



“O professor de matemática era o mesmo professor de física. Aí saiu o professor de matemática e ficamos sem matemática e física”, conta a aluna.



O Fantástico percorreu as cinco regiões do país e constatou: nas escolas públicas brasileiras, falta gente para ensinar ciências exatas e biológicas, principalmente no ensino médio. Na semana passada, o Ministério da Educação (MEC) divulgou que esse nível de ensino foi o que se saiu pior no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, o Ideb.



O resultado é uma consequência do que governo já tinha apurado em 2008. Quando um levantamento do MEC mostrou um déficit de 240 mil professores da quinta série ao ensino médio. As áreas mais críticas eram, justamente, física, química e matemática. De 2008 até hoje, o governo vê algum avanço.



“Essa falta de professores começa a diminuir, mas ainda muito lentamente. Há hoje uma política muito estruturada para garantir que os jovens procurem as licenciaturas, para que os jovens se tornem professores”, diz a secretária de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda.



Para resolver o problema, os estados recorrem aos professores que não prestaram concurso, os chamados temporários.



Em São Paulo, por exemplo, há mais de 80 mil desses temporários. Segundo a Secretaria da Educação, são eles que darão as aulas de física que faltaram na escola de Tiago.



“Todas as aulas serão repostas e a reposição de aula para que não haja nenhum prejuízo no conteúdo vai ser efetuada aos sábados e fora do horário de aulas desses alunos”, explica o secretário-adjunto de Educação de São Paulo Guilherme Bueno.



Também no Sudeste, em uma escola estadual em Mesquita, na Baixada Fluminense, este ano, falta professor de química.



“A gente vai se formar, terminar o terceiro ano esse ano, ensino médio, tentar o Enem, vestibular, tudo. Agora a gente decide a nossa vida e a gente não tem uma base boa para isso, porque na escola falta professor”, reclama um estudante.



Em nota, a Secretaria de Educação do estado do Rio informou que existem carências provocadas por afastamentos de professores. Apesar de ter realizado concursos, ainda tem vagas para química, física, filosofia e sociologia.



Na região centro-oeste, em Novo Gama, a diretora de uma escola conta que 95% dos professores tem contratos temporários, e que já improvisou, teve de colocar professor de para lecionar disciplina na qual ele não era preparado.



“Isso aconteceu no caso do professor de ciência ir ministrar aula de matemática. Infelizmente acontece”, revela a diretora Jeania Cardoso.



Em nota, a Secretaria de Educação de Goiás admitiu que o déficit é de mais de 3,8 mil professores, principalmente em ciências e matemática.



Na região sul, em Porto Alegre, alguns cadernos estão vazios.



“Não tem nenhum exercício feito, não tem professor de matemática para fazer a lição”, reclama um aluno.



Ou melhor: não tinha. O Fantástico acompanhou a primeira aula de matemática do ano para a turma da primeira série do ensino médio de uma escola de Porto Alegre. Foi no fim de junho.


"A gente vai tentar resgatar todo esse conteúdo aí que vocês perderam, ressaltando o que é mais importante para que vocês não fiquem tão prejudicados”, diz o professor.



A Secretaria da Educação gaúcha disse, em nota, que a turma que ficou sem aula terá reposição em outros horários. O último concurso para professores, no estado, foi em 2005.



João Francisco dá aula de matemática em quatro escolas gaúchas. Por causa do salário baixo, às vezes pensa em buscar outro trabalho.


“Eu acredito que se eu tivesse oportunidade em alguma outra empresa talvez pudesse conciliar. Trabalhar nessa empresa, mas sempre com alguma turma, com certeza”, fala o professor.


Uma lei federal estipula o piso salarial de professores, por mês, em R$ 1024 para 30 horas semanais de aula. Mas, em muitos estados, o salário não chega a R$ 1 mil.


O presidente do movimento Todos Pela Educação, que reúne empresários e educadores, diz que melhorar o pagamento não é tudo: “Tem que ter carreira, a carreira que seja motivadora, baseada no mérito, no desempenho”, argumenta Mozart Neves Ramos.



E ele apresenta outro dado preocupante: “Somente 25% dos professores que estão ensinando física no Brasil de fato foram formados em física. Em química, 38%, isso é grave, porque a gente não sabe o que eles estão ensinando e como estão ensinando”, completa o educador.



Esse problema do professor que não é formado na matéria que ensina que já apareceu em Goiás se repete no Nordeste. Em Viana, Maranhão, Maurício Machado, de 17 anos, conta que isso aconteceu com sua mãe, professora de matemática.



“Chamaram ela na regional e queriam que ela desse outra matéria que ela não é formada. Por exemplo, biologia e outra como português”, diz Maurício.


O Fantástico visitou três escolas públicas de Viana, no interior do Maranhão. Em todas elas, faltam professores de várias disciplinas desde o início do ano. Apesar disso, notas até razoáveis brotaram no boletim de Luan Mendonça, de 17 anos.


“Eu não tinha professor no quarto bimestre e me apareceu um 7 ou 8 no meu boletim. Eu passei de anos sem saber nada de matemática”, reclama Luan.


A Secretaria de Educação do Maranhão reconhece que faltam mais de 1,2 mil professores de exatas e de ciências no estado. Segundo a nota, não há profissionais suficientes formados nessas áreas.


Na região norte, em São Miguel do Tocantins, os alunos estão sem física e matemática desde maio. No horário dos alunos do ensino médio que fica no mural, já dá para ver o déficit de matemática e física. A Secretaria de Educação de Tocantins diz que vai chamar os professores concursados do cadastro de reserva e que a reposição começa no início do segundo semestre.


Maria Clara Silva, de 16 anos, que tem espaços em branco no boletim em física e matemática, está descrente.


“Mesmo que venha em agosto, vai ser passado apenas um trabalho para recuperação da nota, e não vai ser suficiente principalmente para nós que vamos prestar vestibular”, reclama a aluna.


Segundo o MEC, física tem o maior déficit do país. Só sete mil professores se formaram entre 2001 e 2008. Números do governo, no entanto, mostram que começa a aumentar a quantidade de alunos em faculdades que formam professores no país, principalmente porque mais cursos foram criados.


“A prioridade é o professor, porque nenhuma mudança na educação acontecerá sem o professor ou contra o professor”, conclui Maria do Pilar Lacerda.
Retirado de: http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1605839-15605,00.html
Data: 11/07/2010

terça-feira, 5 de abril de 2011

Esfera Celeste

Esfera Celeste é um termo criado pelos gregos para ilustrar a sensação de estarmos dentro de uma esfera quando observamos o céu.


O Equador Celeste e os pólos Celestes

Imagine agora a Terra envolta pela esfera celeste. Vamos supor que o nosso planeta é um globo transparente, com uma lâmpada no seu centro, e sobre a sua superfície traçamos o equador terrestre. Ao acendermos a lâmpada no seu interior, a linha que marca o equador terrestre lançará uma sombra, ou seja , será projetada sobre a esfera celeste que a envolve.

O equador da Terra, projetado sobre a esfera celeste, é chamado de equador celeste.
A extensão do eixo de rotação da Terra irá "perfurar" a esfera celeste em dois pontos que chamamos de pólos celestes.

Obviamente, a projeção do pólo norte da Terra dá origem ao pólo celeste norte enquanto que a projeção do pólo sul da Terra dá origem ao pólo celeste sul.


Eclíptica

Durante o período de um ano o Sol traça uma trajetória aparente no céu em relação às estrelas fixas (aparentemente fixas , na verdade , porque as distâncias são tão grandes que não observamos seus movimentos ) .

A projeção dessa trajetória aparente do Sol em relação às estrelas sobre a esfera celeste é um círculo que chamamos de eclíptica , ou ainda , podemos
definir a eclíptica como sendo o caminho aparente do Sol sobre a esfera celeste em um ano .

Como o ano tem 365 1/4 dias e o círculo tem 360o , o Sol parece se mover ao longo da eclíptica a uma taxa de, aproximadamente, 1o por dia.

No entanto, sabemos que o eixo de rotação da Terra é inclinado em um ângulo de 23,5o em relação à eclíptica ( inclinação esta  responsável pelas estações do ano ) .

Consequentemente, a eclíptica está inclinada em um ângulo de 23,5o em relação ao equador celeste devido à inclinação do eixo da Terra (lembre-se que o equador celeste é uma projeção do equador terrestre sobre a esfera celeste).

A eclíptica é o plano do nosso Sistema Solar. Ela é o plano onde estão as órbitas dos planetas e planetas anões. Eles pouco se afastam deste plano, com exceção do planeta Mercúrio e do planeta anão Plutão. O mesmo não acontece com os cometas que, em geral possuem órbitas em torno do Sol bastante afastadas do plano da eclíptica.


Retirado do site: http://www.on.br/site_edu_dist_2011/site/conteudo/modulo1/1-descrevendo_ceu/cap1-esfera-celeste/1-esfera-celeste.html

sábado, 2 de abril de 2011

Auroras: Como acontecem?

DA SUPERFÍCIE SÓ PODEMOS VER uma pequena seção da aurora que circunda a Terra, formando um anel em torno dos pólos Norte e Sul ao mesmo tempo. Chamamos auroras boreais aquelas que ocorrem no hemisfério Norte e auroras austrais as que vemos do hemisfério Sul. Mas não devemos confundir esse belo fenômeno luminoso — exclusivo das regiões próximas aos pólos — com outro igualmente belo, porém mais comum: o nascer do Sol, que também recebe o nome de aurora.


Como é uma aurora? QUEM JÁ TEVE OPORTUNIDADE DE VER NUNCA ESQUECE: as auroras lembram uma cortina de luzes tremulando no céu. São um fenômeno dinâmico e apesar de suas luzes hipnóticas às vezes parecerem tocar o chão, a aurora mais baixa se forma a cerca de 100 km da superfície, pelo menos dez vezes mais alto do que a altitude alcançada pelos jatos comerciais. 


Qual a origem das auroras? A ORIGEM DAS AURORAS está a 150 milhões de quilômetros da Terra. O Sol é um lugar tão quente e dinâmico que a força de gravidade, embora gigantesca, não é capaz de conter a sua própria atmosfera. Em vez disso, a energia flui em torrentes de partículas eletricamente carregadas, que viajam pelo espaço em velocidades de 300 a mais de 1.000 km/s. Esse tipo de gás ionizado, chamado plasma, deforma as linhas de campo magnético do astro-rei, arrastando-as até a vizinhança dos planetas.


É o vento solar. A Terra, porém, é protegida pelo seu próprio escudo magnético, a magnetosfera, e deflete a maior parte dessas partículas. As que são aprisionadas na magnetosfera aceleram ao longo das linhas de campo enquanto viajam até atingir uma região circular denominada oval das auroras, ou annulus.


O annulus tem cerca de 3.000 km de diâmetro e localiza-se em torno dos pólos magnéticos da Terra (que não coincidem com os pólos geográficos), entre 60° e 70° Norte e Sul de latitude. Ali, a pelo menos 100 km da superfície, elétrons chocam-se com átomos de oxigênio e nitrogênio das moléculas da alta atmosfera, dando-lhes uma energia extra que, absorvida, provoca um estado excitado: os elétrons saltam para níveis mais energéticos e, como não podem manter-se nesse estado por muito tempo, retornam aos seus níveis de origem devolvendo a energia extra na forma de um fóton — ou um pulso de luz. Trilhões de átomos e moléculas no estado excitado produzirão a luz da aurora.


De onde vêm as cores? A LUZ DAS AURORAS é similar a produzida no tubo de imagem de um aparelho de televisão. Os elétrons são acelerados e chocam-se contra a superfície de vidro, que é internamente recoberta por substâncias químicas que emitem luz verde, vermelha e azul, as cores básicas a partir das quais formam-se as imagens.
                             aurora boreal retirada de: http://apod.nasa.gov/apod/ap050807.html

Cada molécula de gás atmosférico brilha com uma cor em particular, dependendo se é neutra ou eletricamente carregada, e também da energia da partícula que a atinge. Oxigênio molecular, a cerca de 100 km de altitude, é fonte de uma luz levemente esverdeada. O mesmo oxigênio, mas acima de 300 km, emite luz vermelha ou, durante grandes tempestades magnéticas, um tom vermelho-sangue. Átomos de nitrogênio também produzem uma luz avermelhada. Mas o nitrogênio da alta atmosfera emite em azul e violeta.






Só a terra tem auroras? NÃO. Já foram observadas auroras em Júpiter e seu satélite Io, e também nos planetas Vênus, Saturno e Netuno. Aparentemente, se um planeta possui um campo magnético e alguma atmosfera então também pode haver auroras. Mas a maioria dos satélites do Sistema Solar (incluindo a Lua) e também Mercúrio e Plutão não têm auroras. Na imagem à direita, obtida em ultravioleta pelo Telescópio Espacial Hubble, vê-se um panorama completo da aurora boreal em Júpiter, muito maior e mais energética que a produzida no planeta Terra.
aurora em Saturnoaurora em Júpiter
retirados do site: http://www.on.br/glossario/alfabeto/a/aurora.html


Auroras podem fazer mal? VISTAS DA SUPERFÍCIE DA TERRA, NÃO. Além de causar as auroras, as partículas do vento solar também podem perturbar as transmissões dos satélites e, durante as tempestades solares ou em épocas de máxima atividade solar, passageiros dos vôos comerciais podem ficar expostos a doses de radiação iguais as de um aparelho de raios X hospitalar. Mas na camada atmosférica em que vivemos normalmente estamos a salvo desses danos. Observar uma aurora também não causa problemas na visão.


Reportagem retirada do site: Costa, J.R.V. Nascer e ocaso. Astronomia no Zênite, out. 2003. Disponível em: <http://www.zenite.nu/?auroras>. Acesso em: 3 abr. 2011.