Estrelas são corpos celestes que possuem luz própria, característica essa que as diferencia dos planetas. Elas não são eternas como parecem ser: nascem, vivem e morrem.
Em todas as galáxias, as estrelas nascem de nuvens de gás, nas quais existe uma grande quantidade de gases em que predomina o hidrogênio e o hélio. Nelas também se encontra uma maior ou menor quantidade de materiais que foram lançados ao espaço pela explosão de estrelas de gerações anteriores, que já alcançaram a fase final da vida estelar. A essas nuvens de gás e poeira cósmica dá-se o nome de Nebulosa. A Grande Nebulosa de Órion e a Cabeça do Cavalo, ambas na constelação de Órion, são exemplos visíveis de nebulosas.
As nebulosas compreendem um espaço com dimensões de várias centenas de anos-luz e com massa que pode ultrapassar mil vezes a massa do Sol. No entanto, as densidades são muito baixas e as partículas constituintes são átomos e moléculas. O processo de formação das estrelas acontece em regiões da nebulosa que são mais densas e frias, onde o gás começa a se contrair progressivamente devido à própria gravidade.
Pouco a pouco, a nuvem começa a se condensar em redor de um centro. Nessa fase, a temperatura no interior da nuvem é baixa, cerca de apenas 30 K. O resultado dessa contração é a transformação de energia gravitacional em energia térmica, originando o aquecimento do centro da nuvem que futuramente será a estrela.
Com o passar do tempo (muitos milhares de anos), a parte central torna-se extraordinariamente luminosa, mas a protoestrela[1] não pode ser vista na parte exterior devido à absorção da luz pelo envoltório de gás e poeira em que ela está imersa. No entanto, ao absorver a luz, a poeira aquece e emite radiação infravermelha e é dessa maneira que as estrelas em formação são detectadas. A uma temperatura de cerca de dez milhões de Kelvin, inicia-se a fusão nuclear do hidrogênio que, durante bilhões de anos, dará origem à energia radiada, isto é, será o combustível da estrela. Nasce então uma estrela.
Na maioria das vezes, a nuvem origina mais de uma estrela. Quando se formam estrelas duplas (sistemas de duas componentes) ou sistemas múltiplos (mais de duas estrelas), elas ficam a orbitar um espaço em torno de um ponto comum denominado centro de massa. Ainda existem casos em que a nebulosa forma apenas uma estrela, que poderá ser acompanhada por um sistema planetário orbitando em torno dela. O Sistema Solar é um desses casos. Nebulosas muito grandes e massivas podem dar origem a um aglomerado estelar, contendo dezenas de estrelas ou mais.
[1] Termo utilizado para designar uma estrela em formação
Texto retirado de: DARROZ,Luiz Marcelo. Texto de Apoio às aulas da disciplina de ASTRONOMIA.p:6-7
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